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sexta-feira, 10 de agosto de 2007

A SOPA DA NOSSA MÃE

Hoje é dia de sopa! Ela dizia. E como amávamos a sopa que só a nossa mãe sabia fazer.
A gente acompanhava todo o processo: cortar a carne de sol, batatinha, cenoura, xuxu, – pedacinhos meticulosamente planejados. Aí ela juntava tudo e começava a ferver e começava a nossa ladainha com ela: vai demorar? Ta quase pronto? Será que já não ta bom? E como fervia linda aquela sopa! E um de nós ou os dois, ia na padaria comprar o pão – que nunca foi bom em Rubim.
Enfim, sopa pronta. E ela dizia: meninos! Vem jantar!
Íamos ansiosos e famintos. E então ela ordenava: já beberam água? Porque durante a sopa e logo depois não pode tomar água porque faz mal! Estopora! Mas a gente nem tava com sede, a sede só vinha depois da sopa, mas aí não podia tomar água...E a sede vinha como num deserto segando a gente de vontade...
E ela contava um caso de uma mulher lá na roça que tomou sopa e logo depois tomou água e “entortou” todinha. E a gente acreditava.
A alternativa era pedir pra Deus não deixar a gente “entortar” e ir devagarzinho ao banheiro falando que ia fazer xixi e beber só um pouquinho de água da pia. E assim aprendemos a combinar sopa com água da pia.

2 comentários:

Lily disse...

q legal seu blog!

bjus

Bruna Aguilar disse...

Nunum,a minha mãe também contava essa historinha de entortar todinha!!!